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segunda-feira, 10 de maio de 2010


Cientistas testam compostos para criar "jardim" em Marte


A instalação de uma base espacial em Marte ainda está longe de acontecer, mas isso não impede cientistas de planejarem o seu jardim. Experiências realizadas no espaço e em condições semelhantes às de Marte simuladas na Terra geraram micro-organismos que podem fertilizar o solo marciano, gerar oxigênio, purificar água e reciclar lixo. Pode-se pensar nessas colônias de compostos orgânicos como os primeiros jardins de Marte.
Karen Olsson-Francis do Instituto de Pesquisa de Ciências Espaciais e Planetárias da Open University em Milton Keynes, Reino Unido, integra uma equipe que submete organismos terrestres a um estresse extremo. O grupo conduziu experiências na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), como parte da missão Biopan VI promovida pela Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês).
A Biopan era uma cápsula que carregava com - entre outras coisas - amostras de rochas do sudoeste da costa da Inglaterra. Ela foi transportada pela nave russa Soyuz para a órbita terrestre baixa em 2007. Uma vez lá, a cápsula expôs seus conteúdos ao vácuo do espaço. Essas rochas inglesas são abrigo para amplo espectro de micróbios, incluindo cianobactérias fotossintéticas.
Quando as amostras de Biopan foram recuperadas, elas tinham resistido dez dias à exposição no espaço. A radiação solar ultravioleta letal tinha sido quase toda filtrada. A equipe descobriu uma cianobactéria nova para a ciência que tinha sobrevivido à viagem.
As experiências não foram criados com jardins espaciais em mente, mas as descobertas deles são relevantes. Os altos níveis de radiação ultravioleta em Marte esterilizam qualquer coisa deixada na superfície. Então, os jardins espaciais precisariam da proteção de estufas especiais.
"Os experimentos demonstraram que podemos usar a órbita terrestre baixa para selecionar organismos resistentes que possam ser usados em aplicações espaciais", explica Karen.
Rochas postas em órbita também fornecem apoio para a hipótese de que células vivas podem ser transportadas pelo espaço em meteoritos. Impactos de meteoros num planeta podem lançar fragmentos de rochas contendo micro-organismos - o que teria acontecido na Terra há bilhões de anos, segundo algumas teorias. Se estes organismos podem sobreviver ao vácuo do espaço, eles terão também como crescer de novo, caso cheguem a um planeta árido com condições favoráveis - o que seria o caso de Marte.
Os organismos nos jardins marcianos planejados vão, obviamente, ser transportados por uma nave espacial. As cianobactérias realizam a fotossíntese, o que as transforma em boas candidatas para uso em missões espaciais de longo prazo ou em postos avançados no espaço. Por essa razão, as cianobactérias são parte de um sistema sendo criado pela ESA para reciclar resíduos humanos, transformando-os em água, oxigênio e nutrientes para uso de colonos marcianos.
Marte reúne algumas condições que deixam estes cientistas otimistas. No equador marciano, no meio do verão, a temperatura pode chegar a 20 graus Celsius, e a atmosfera tem 95% de dióxido de carbono na sua composição, um requisito essencial para organismos que fazem a fotossíntese ¿ basta lembrar que as plantas transformam o CO2 em oxigênio. Mas faltando um ingrediente fundamental para um jardim em Marte: o solo.
O primeiro jardineiro em Marte poderia derramar fertilizantes em rochas marcianas. Experiências usando rochas da Antártica mostraram que plantas podem crescer dessa forma. No prazo mais longo, contudo, é preciso encontrar um jeito de transformar o basalto vulcânico, que forma a maior parte do solo marciano, em uma superfície que sustente plantas.
"Bactérias que se alimentam de basalto poderiam ser a resposta", sugere Paul Wilkinson, da Open University. "Os verdadeiros reis do processamento de rochas são os líquens."
Líquens que colonizam rochas estavam entre os organismos que sobreviveram à exposição espacial na experiência Biopan.
Os astrobiólogos falam seriamente em criar condições semelhantes às da Terra em Marte. Aos poucos, surgem os elementos de um projeto inicial para os primeiros colonos. Sob uma estufa pressurizada e povoada por micro-organismos que vão fornecer oxigênio e alimento, além de transformar rochas marcianas em solo fértil, o primeiro jardim alienígena não está tão distante quanto parece.
No Centro Espacial John F. Kennedy, no dia 15 de abril, o presidente Barack Obama reafirmou a intenção americana de enviar humanos a Marte ainda neste século. Para isso, os jardins marcianos vão ser fundamentais.

Unesp lança jogo de computador para 


para ensinar física quântica


Micronave tem que capturar partículas menores do que um átomo.

Game é distribuído gratuitamente e roda em Windows, Linux ou Mac.


Entender como funcionam as menores partículas conhecidas pela ciência ficou mais fácil a partir desta segunda-feira (10). A Universidade Estadual Paulista (Unesp) acaba de lançar um jogo para que jovens aprendam as bases da física quântica.
Jogo da UnespUsando uma nave espacial microscópica, o jogador recebe uma missão relacionada a partículas elementares. Na primeira fase, por exemplo, a nave deve capturar e identificar múons e quarks para identificação. O jogo, batizado de 'Spracegame', é grátis. Baseado na linguagem Java, ele pode rodar em computadores com Windows, Linux ou Mac. (Foto: Reprodução)
O jogo foi criado pelo Centro Regional de Análise de São Paulo (Sprace, na sigla em inglês), um dos grupos de cientistas brasileiros responsáveis por interpretar os dados gerados pelo acelerador gigante de partículas LHC, na Europa.
Com o jogo, o Sprace pretende popularizar as teorias mais modernas sobre as partículas muito menores do que um átomo, que são analisadas dentro do LHC.


quinta-feira, 6 de maio de 2010


Japão enviará nave movida à energia solar para Vênus


O uso da energia solar para mover aviões, barcos, carros, vem sendo cada vez mais testada por especialistas e aventureiros. Não há dúvida de que esse tipo de energia limpa pode substituir os combustíveis que estamos acostumados.
Nave solar Ikarus
O Japão saiu na frente ao preparar o lançamento de uma nave não tripulada movida à energia do Sol, que irá partir rumo ao planeta Vênus.
Quando a nave estiver no espaço, logo após o seu lançamento, a cabine em formato de cilindro irá se separar do foguete e girar até 20 vezes por minuto. Esse movimento irá expandir e abrir suas velas ou braços, extremamente finos. A nave funcionará então, como um grande veleiro deslizando no espaço. Ela será empurrada pelas partículas solares, além de ter células que aproveitarão a energia solar.
O projeto da Agência Espacial Japonesa (Jaxa) é para uma missão de seis meses até Vênus e posteriormente, Júpiter será o outro destino.
A nave foi batizada de Ikarus (Interplanetary Kite-craft Accelerated by Radiation of the Sun) fazendo referência ao personagem da mitologia grega, Ícaro. Ele morreu ao tentar escapar da Ilha de Creta quando voou próximo demais do Sol usando asas de pena e cera construídas por seu pai, Dédalo.
O lançamento de Ikarus está previsto para o dia 18 de maio a partir do Centro Espacial Tanegashimano, na ilha de mesmo nome, no Japão. Todo o projeto custará cerca de US$50 milhões.

Terra
A Agência Internacional de Energia (IEA) estima que a tecnologia solar deva gerar 3 mil gigawatts de energia até 2050. Ela irá responder por 11% de toda a eletricidade do mundo. As projeções superam dados anteriores da IEA, que falavam em 1.600 gigawatts de eletricidade por ano no mesmo período.

Foto: Concepção artística mostrando a nave japonesa Ikarus que viajará para Vênus utilizando a energia solar. Seu lançamento está previsto para o dia 18 de maio. Crédito: JAXA.
http://www.apolo11. com/spacenews. php?posic= dat_20100505- 073106.inc


Viagens podem contaminar Marte com micróbios da Terra



Na região de Tharsis, em Marte, nuvens de gelo são comuns, diz a Nasa Foto: Nasa/Divulgação
Cientistas afirmam que micróbios da Terra podem contaminar a busca por vida em Marte



Bactérias normalmente encontradas em espaçonaves podem ser capazes de sobreviver no áspero ambiente de Marte e contaminar o planeta vizinho com vida da Terra, de acordo com pesquisa publicada na edição de abril do jornal Applied and Environmental Microbiology. As informações são da Associação Americana de Microbiologia.
Encontrar vida em Marte continua sendo um objetivo declarado da Nasa - a agência espacial americana - e dos institutos de Astrobiologia. Para evitar o ambiente do planeta, as espaçonaves e equipamentos estão sendo esterilizados para evitar contaminação do ambiente. Contudo, estudos recentes indicam que, apesar da limpeza, diversas comunidades de micro-organismos sobrevivem nas espaçonaves.
As pesquisas afirmam que o ato de tentar esterilizar os equipamentos que vão ao espaço faz com que apenas os micro-organismo mais resistentes e mais capacitados à adaptação sobrevivam ao processo. Cientistas da Universidade da Flórida reproduziram o ambiente de Marte e durante uma semana estudaram a Escherichia coli, bactéria que pode contaminar espaçonaves. Os pesquisadores observaram que a bactéria poderia sobreviver, mas não crescer na superfície do planeta se fosse protegida dos raios UV por apenas finas camadas de poeira ou em locais escondidos da espaçonace.
"Se um micro-organismo pode sobreviver em um longo período em Marte, então as explorações passadas e futuras de Marte podem providenciar o inóculo microbial para semear Marte com vida terrestre, dizem os pesquisadores. "Contudo, a diversidade de espécies precisa ser estudada para caracterizar seu potencial para sobrevivência em um longo período em Marte", afirmam.





Hawking diz acreditar em possibilidade de viagem para o futuro







O cientista britânico Stephen Hawking enxerga a possibilidade de que o ser humano terá a capacidade de construir uma nave espacial tão veloz que permitirá viajar no tempo e avançar várias gerações no futuro.
O professor expõe esta teoria no documentário "O Universo de Stephen Hawking", que será transmitido neste domingo pelo canal "Discovery Channel", informa hoje o jornal "The Sunday Telegraph".
Segundo Hawking, viajar para o futuro seria possível com base nas teorias da relatividade de Albert Einstein, segundo as quais o ritmo do tempo dos objetos se desacelera à medida que eles próprios são acelerados no espaço.
Para automóveis e aviões, este efeito é imperceptível, mas a nave espacial idealizada por Hawking estaria totalmente exposta ao fenômeno devido a sua grande velocidade.
De acordo com o antecipado pelo jornal, Hawking explica no programa que essa nave poderia chegar, em teoria, a uma velocidade de um bilhão de quilômetros por hora. Por isso, deveria ser construída em uma escala gigantesca simplesmente para poder transportar todo o combustível necessário.
"(A nave) levaria seis anos em potência máxima para alcançar essa velocidade. Depois dos dois primeiros anos, alcançaria a metade da velocidade da luz e estaria bastante longe do sistema solar. Após outros dois anos, chegaria a 90% da velocidade da luz", afirma Hawking na série.
Dois anos após funcionar em potência máxima, a nave alcançaria sua velocidade mais alta, 98% da velocidade da luz, "e cada dia na nave seria um ano na Terra", sustenta o cientista.
"A essas velocidades, uma viagem ao final da galáxia levaria 80 anos para quem estivesse a bordo", acrescenta, segundo o jornal.
No entanto, o cientista, que reconhece ter perdido sua anterior "cautela" no momento de comentar temas considerados ''heresias'' na comunidade científica, disse não acreditar na possibilidade de viajar ao passado, nem por meio de "buracos" ou "atalhos" entre diferentes partes do universo.
A teoria indica que estes buracos ou atalhos existem, mas apenas em escala quântica - são menores que um átomo. Por isso, o desafio inicialmente seria aumentá-los para escala humana.
Hawking despreza a teoria de viajar ao passado porque criaria um paradoxo científico.
"Este tipo de máquina do tempo violaria a lei fundamental de que a causa deve existir antes do efeito. Eu acho que as coisas não podem tornar-se impossíveis para si mesmas. Por isso, não será possível viajar ao passado", argumenta o cientista.

Imagem mostra "ponta do iceberg" de agrupamento de galáxias


O agrupamento de estrelas, que aparece como uma séries de luz amareladas, pode ser visto entre centro da imagem e a parte inferior esquerda Foto: ESO/Divulgação
O agrupamento de estrelas, que aparece como uma séries de luz amareladas, pode ser visto entre centro da imagem e a parte inferior esquerda

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira uma imagem de campo largo que registrou milhares de galáxias, inclusive um grupo massivo de galáxias conhecido como Abell 315. De acordo com o observatório, o que pode ser visto desse agrupamento é apenas a "ponta do iceberg", já que ele, assim como a maioria dos grupos de galáxias, seria dominado por matéria negra em sua formação. A imagem foi captada pelo observatório La Silla, no Chile, que é administrado pelo ESO.
Segundo o observatório, a luz de alguns desses conglomerados de estrelas viajou 8 bilhões de anos até chegar a nós. O ESO afirma que quando olhamos para o céu a olho nu podemos notar apenas as estrelas da Via Láctea e alguns de suas vizinhas mais próximas. Galáxias mais distantes brilham muito fraco para sem percebidas pelo olho humano, mas, se pudéssemos vê-las, elas literalmente cobririam o céu.
A imagem divulgada pelo ESO mostra um campo grande que passou por uma longa exposição para poder mostrar milhares de galáxias que enchem o céu em uma área que, do nosso ponto de vista, seria equivalente ao tamanho da lua cheia.
Algumas galáxias estão relativamente próximas, o suficiente para distinguirmos seus braços em espiral ou halos elípticos - principalmente na área superior da imagem. As menores, que parecem apenas com gotículas, ou pontos, estão a uma distância de 8 bilhões de anos-luz.
O agrupamento de galáxias pode ser visto da região central descendo até um pouco para esquerda e abaixo, onde podem ser vistas diversas luzes amareladas, a dois bilhões de anos-luz da Terra, na constelação de Cetus.
O ESO explica ainda essas galáxias são mantidas unidas pela gravidade para formar esses agrupamentos, que por sua vez são as maiores estruturas conhecidas no universo. A parte visível das galáxias contribui com apenas 10% da massa desses agrupamentos, o gás quente que fica entre elas contribui com mais 10% e os 80% restantes seriam de matéria negra.
Apesar de não poder ser vista, os especialistas afirmam que a presença da matéria negra é revelada pelo efeito gravitacional, que atua na luz de galáxias que estão atrás do agrupamento, como se fosse um vidro gigantesco, e faz com que elas pareçam distorcidas aos serem observadas. É por causa dessa distorção que os astrônomos conseguem deduzir qual é a massa desses grupos de galáxias, mesmo que a maior parte da massa seja invisível.



Nasa lança cápsula Orion para testar sistema de segurança




legenda Foto: AP



A cápsula Orion é lançada na base militar do Novo MéxicoFoto: AP

A agência Espacial Americana, Nasa, lançou nesta quinta-feira a cápsula espacial tripulada Orion desde a base militar White Sands Missile Range, no Novo México, nos EUA. A Nasa informa que o lançamento foi realizado para testar o 'sistema de aborto da missão' da nave em caso de falhas na segurança na plataforma ou no próprio lançamento.
De acordo com a agência AP, com este sistema, os astronautas serão lançados na cápsula de segurança em emergências como incêndio ou pane elétrica.
A Orion foi projetada inicialmente para levar o homem de volta à Lua, mas em fevereiro deste ano, o presidente Barack Obama desviou o orçamento desse projeto em benefício das pesquisas em novas tecnologias espaciais.







Telescópio europeu capta nascimento de estrela gigantesca

Embrião de estrela já contem de oito a dez vezes a massa do Sol e a nuvem de gás e poeira que o cerca e que deve alimentá-lo tem cerca de 2 mil vezes ... Foto: ESA/Divulgação
Embrião de estrela já contem de oito a dez vezes a massa do Sol e a nuvem de gás e poeira que o cerca e que deve alimentá-lo tem cerca de 2 mil vezes a massa da nossa estrelaFoto: ESA/Divulgação

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira imagens captadas em infravermelho pelo telescópio espacial Herschel que mostram o processo de formação de estrelas. Em uma das imagens, o Herschel observa a nuvem RCW 120, que revelou um embrião de estrela que quando nascer deve se transformar em uma das maiores e mais brilhantes da nossa galáxia.
Segundo a agência, o "parto" ainda deve demorar algumas centenas de milhares de anos, mas o embrião já contém de oito a dez vezes a massa do Sol e a nuvem de gás e poeira que o cerca e que deve alimentá-lo tem cerca de 2 mil vezes a massa da nossa estrela.
A ESA afirma que estrelas desse tamanho são raras e não duram muito, por isso considera uma oportunidade de ouro para resolver um dos mais antigos paradoxos da astronomia. "De acordo com o nosso atual conhecimento, não seria possível a formação de estrelas maiores que oito vezes a massa do Sol", diz Annie Zavagno, do Laboratório de Astrofísica de Marseille, na França.
Isso acontece porque essas gigantes acabam por afastar as nuvens de gás e poeira necessárias ao seu nascimento antes que o suficiente seja acumulado. Contudo, de alguma maneira elas conseguem fazer esse acúmulo. Algumas dessas gigantes são conhecidas, tendo até 150 vezes a massa do Sol. Como a estrela encontrada está em um estágio inicial, os astrônomos podem usar as observações dela para entender esse fato.

Um asteroide perigoso ainda é melhor que um asteroide muito perigoso

Cássio Barbosa 
2005-YU55_595




   


O asteroide sinistro da imagem chama-se 2005 YU55. Ele é uma ameaça à vida na Terra. Tem uns 400 metros de comprimento e está agora a uma distância de quase 2 milhões de quilômetros, mais ou menos 6 vezes a distância Terra-Lua. Essa “proximidade” o coloca em uma lista negra (para nós) dos asteroides potencialmente perigosos.
A imagem foi obtida pelo radiotelescópio de Arecibo, o maior do mundo, com 305 metros de diâmetro. O telescópio é tão grande que está assentado em uma cratera meteorítica em Porto Rico e 150 metros acima dele fica pendurada uma plataforma de 900 toneladas com os instrumentos de pesquisa. Virou locação de vários filmes de ficção científica: “Contatos” e “Arquivo X” tiveram cenas filmadas lá. Aliás, na cena final de “007 contra Goldfinger”, James Bond faz o favor de destruí-lo, felizmente apenas na ficção. Outro uso famoso de Arecibo é sua participação no projeto SETI, de busca por vida extraterrestre.
Voltando ao YU55, o problema todo é que, se hoje ele está a 6 vezes a distância Terra-Lua, sua órbita calculada anteriormente mostrava que ele passaria muito perto da Terra. Para um asteroide com o tamanho de 4 campos de futebol alinhados, toda a precisão nos dados é pouca.
O radiotelescópio de Arecibo funciona também em modo de radar, ou seja, não apenas captando ondas de rádio do espaço, mas também captando ondas de rádio emitidas por ele mesmo. Essa técnica tem sido utilizada com sucesso para estudar asteroides próximos, dando uma boa ideia de como é a superfície deles, mas também para determinar com precisão os seus elementos orbitais.
E foi essa precisão nas imagens (os detalhes da imagem de YU55 têm 8 metros de tamanho) fez a órbita desse asteroide ser refinada de tal modo que reduziu as incertezas em 50%. Assim, as chances de haver um impacto com a Terra nos próximos cem anos caíram a zero e o YU55 saiu da lista de “extremamente perigoso”, para ficar na lista dos “potencialmente perigosos”.
Depois de contornar o Sol, esse objeto vai passar próximo à Terra em 8 de novembro de 2011, a uma distância de apenas 0,8 vez a distância Terra-Lua! Apesar disso, não deve trazer nenhum perigo, pelo menos nos próximos cem anos.
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