Europeus detectam objeto mais antigo do Universo
EDUARDO GERAQUE
Astrônomos europeus anunciaram nesta terça-feira (28) a detecção do objeto mais distante do Universo: uma explosão de raios gama ocorrida há 13,1 bilhões de anos --apenas 600 milhões de anos após o Big Bang.
O satélite Swift, da Nasa, detectou na última quinta-feira uma extraordinária liberação de energia na constelação de Leão. A distância do evento foi confirmada pelo telescópio VLT, do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile.
Explosão ocorreu 600 milhões de anos depois do Big Bang |
As explosões cósmicas de raios gama são os eventos mais energéticos do Universo. A estrela que explodiu, virando um buraco negro, emitiu em 10 segundos mais energia do que o Sol produzirá em seus 10 bilhões de anos de vida.
"É espetacular. Esse anúncio confirma que as explosões de raios gama são fenômenos extraordinários", diz o físico Carlos Escobar, da Unicamp.
A importância de detecções do tipo é saber com mais exatidão quando os interruptores do Universo foram ligados.
O Big Bang ocorreu há 13,7 bilhões de anos. Mas, na infância do Universo, tudo era escuro. Não havia corpos celestes emitindo nenhum tipo de luz.
Com a passagem de alguns milhões de anos, a gravidade começou a compactar a matéria gasosa. O processo formou as primeiras estrelas.
Até hoje, o evento explosivo mais antigo detectado havia ocorrido 740 milhões de anos após o Big Bang. Agora já se sabe que antes disso já havia estrelas e galáxias formadas.
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